quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Futuro da Humanidade está em jogo




Ressonância Schumann

Por Leonardo Boff [05/MAR/2004 no JB on line]


Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente.
Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.
Esse sentimento é ilusório ou tem base real?
Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação.
O físico alemão W.O.Schumann constatou em 1952
que a Terra é cercada por uma campo eletromagnético poderoso
que se forma entre o solo e a parte inferior daionosfera,
cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância
(daí chamar-se ressonância Schumann),
mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo.
Funciona como uma espécie de marca-passo,
responsável pelo equilíbrio dabiosfera,
condição comum de todas as formas de vida.
Verificou-se também quetodos os vertebrados
e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de7,83hertz.
Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos
ser saudáveis foradessa freqüência biológica natural.
Sempre que os astronautas, em razão dasviagens espaciais,
ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam.
Mas submetidos à ação de um simulador Schumann
recuperavam o equilíbrio e asaúde.
Por milhares de anos as batidas do coração da Terra
tinham essa freqüênciade pulsações e a vida
se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico.
Ocorre que a partir dos anos 80,
e de forma mais acentuada a partir dos anos90,
a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo.
O coração da Terra disparou.
Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir:
perturbaçõesclimáticas, maior atividade dos vulcões,
crescimento de tensões e conflitosno mundo
e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros.
Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas,
na verdade, é somente de16horas.
Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória,
mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra,
deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural.
E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço,
a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos.
Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas
projetar em cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis,
ora esperançadores,como a irrupção da quarta dimensão,
pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais
e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.
Não pretendo reforçar esse tipo de leitura.
Apenas enfatizo a teserecorrente entre grandes cosmólogos
e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo,
de que Terra e humanidade formamos uma única entidade,
como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.
Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera.
Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica
e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.
Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio,
devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse,
com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia
essencialmente harmonizadora.
Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante,
que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos.
Precisamos respirar juntos com a Terra,
para conspirar com ela pela paz.

FIM

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